quarta-feira, 11 de setembro de 2019

o tempo

Hoje estou com o coração pequeno. Amanhã meu bebê faz 8 meses. Como assim 8 meses? Se ontem mesmo eu estava voltando do hospital com ele nos braços... Vi um vídeo hoje mesmo sobre esse sentimento bem próprio de mãe, que nunca sente uma coisa só, parece que tudo que a gente sente é um misto de alguma coisa. E hoje não está sendo diferente.

Eu estou ansiosa para vê-lo crescer, para vê-lo interagir com os irmãos, para descobrir (conhecer) o jeitinho e temperamento dele, para me sentir mais "livre", com mais "tempo".. e ao mesmo tempo que desejo e penso em tudo isso meu coração parece que muda de tamanho, aperta... quando isso acontecer eu não terei mais um bebê no colo... que louco isso de ser mãe, que mistura de sentir.

Acho que o fato de ser o último (pelo menos no nosso planejamento, a menos que Deus tenha planos diferentes pra gente no futuro) me dá essa sensação muito mais real de ciclos se encerrando, de tempo sem volta e tudo bem. Foi assim com os outros dois e como tem sido bom curtir cada momento, cada fase, acho que é só um banzo antecipado dessa fase de baby que eu descobri que é deliciosa.

Apesar da melancolia de hoje, vida que segue, continuar curtindo bem muito ele e os outros dois porque o tempo não brinca em serviço e quero ter a certeza, ao olhar pra tras no futuro, que eu curti tudo que tinha pra curtir. E nesse ponto, quero também descobri que existe muito mais surpresas e curtição em outras fases e momentos., se Deus me permitir.

terça-feira, 10 de setembro de 2019

um desabafo meio bagunçado

Esses dias tive saudade de escrever sem me preocupar se alguém vai ler ou o que vão achar do que escrevi. Em tempos de Instagram, senti falta de escrever e, de repente, ser só um meio de dizer sem necessariamente precisar de alguém que curta ou comente o que foi escrito.

As redes sociais faz a gente consumir tanto de tudo. Do que interessa e do que não interessa, faz a gente "ouvir" atentamente o que fala com propriedade na mesma proporção daquele que só fala asneira. Mais do que o filtro nas fotos, precisamos mesmo é de filtro para o que lemos, filtro que nos faça equilibrar o que e quem estamos "ouvindo" diariamente.

Gosto da ideia de poder admirar coisas diferentes em pessoas diferentes. Admiro as atitudes de uma mulher enquanto esposa, de outra enquanto filha, admiro a forma que alguns pais criam seus filhos ou como alguém é focado e disciplinado na alimentação e exercicios. Cada um tem como contribuir e inspirar pessoas...

Ta um desabafo meio sem pé nem cabeça, mas quero voltar a escrever mais aqui, pra mim, porque sinto que escrevendo consigo organizar minhas ideias, minhas opiniões (que, definitivamente, não interessam a todo mundo). Consigo filtrar depois de escrito o que é relevante e o que parece ser bobagem.

Postando assim mesmo porque resolvi que quero exercitar essa escrita e ter essa ajudinha com os pensamentos soltos. Depois vai melhorando, ou não, e tudo bem. Afinal vai ficar tudo por aqui. :)

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Onde eu for, você vai!

Fazia tempo que não lia algo novo. Ouvi esse poema hoje e parece que as palavras me tocaram bem fundo. Feliz por essa descoberta! 

Carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração
Nunca estou sem ele
Onde eu for, você vai, minha querida
Não temo o destino
Você é meu destino, meu doce
Não quero o mundo pois, beleza
Você é meu mundo, minha verdade
Eis o segredo que ninguém sabe
Aqui está a raiz da raiz
O broto do broto
E o céu do céu
De uma arvore chamada vida
Que cresce mais do que a alma pode esperar
Ou a mente pode esconder
E esse é o prodígio
Que mantém as estrelas à distância
Carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração.
E. E. Cummings

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Previsão do tempo para essa semana: sol com poucas nuvens! =)

Todo dia ela faz tudo sempre igual..

Tá aí, muita gente acha ruim, acha que o bom mesmo é mudar, fazer coisas diferentes todos os dias, mas eu gosto mesmo é de ROTINA. Gosto de repetir, de ter hora para as coisas (é claro que nem pra tudo, nem todos os dias), mas esse planejamento me tira uma ansiedade de não saber como será, de não saber o que esperar dos meus dias, me deixa sentir de alguma forma mais segurança.

É claro que mudar em algumas coisas é maravilhoso, mas poder organizar meu dia é realmente algo que me deixa tranquila. Depois dos filhos esse gosto pela rotina aumentou, apesar de ser cada vez mais difícil criar uma. Mas continuo nesse de tentar encontrar e organizar meu dia, que agora envolve não só a mim, mas meus 3 rapazes. :D

Meu pequeno completou 2 meses há uma semana e agora já me sinto mais confortável para tentar estabelecer uma rotina pra ele e tentar acalmar minha vida (que pela falta de horários dele, férias do mais velho, mãe (que tem super ajudado) viajando) que tem estado uma verdadeira bagunça. Não estou reclamando de forma alguma, é uma bagunça que vem com muitaaaas alegrias, mas voltar a ter hora para algumas coisas, apesar de ser ruim para alguns, para mim será libertador!

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Hoje.

Quase um ano que não escrevo aqui, tanta coisa já aconteceu, tanta coisa mudou. Tanto sentimento novo, tantos que deixaram de existir. Olho pra trás e em alguns momentos nem me reconheço. Ser mãe, de fato, mudou, moldou minha vida, e agora, pela segunda vez, em apenas um mês virou tudo de cabeça pra baixo.

Esses 30 dias foram uma prova de que somos capazes de nos adaptar (ou não), ou estilar mesmo e dizer um "chega, não aguento mais". Vivi as duas situações... e tenho vivido. Tem sido um período de aprendizado, de crescimento, de entender limites, de aprender a falar, ouvir, de ter paciência, de se enxergar de um jeito diferente, sim, isso tudo em 30 dias. O começo de um aprendizado intenso que começou em 2013 com a chegada do 1o filho e quando achei que estava adaptada, acostumada, meu segundo chega pra me mostrar que nada, nunca, é igual. 

E quer saber? Estou feliz e grata por isso. Esses anos tem sido, sem dúvidas, os melhores e mais intensos da minha vida. Tenho saudade do que minha vida era antes? Às vezes, tenho, mas não troco por nada o que tenho agora, o que vivo agora! De todas as vidas que posso imaginar ou que já imaginei ter, não chegam perto do que vivo hoje (incluindo aí as delícias e os dissabores também). :)

terça-feira, 1 de março de 2016

É um blog, mas era pra ser um abrigo, um lugar de desabafar, de dizer, mesmo que pra ninguém, de registrar pra acompanhar depois, mas virou uma casinha abandonada. :D Vou tirando a poeira, vai que tem palavras novas querendo morar aqui novamente.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Um terror gente que fala demais,
um terror porque falam sem saber
um terror porque machucam sabendo
um terror porque tantas vezes a gente precisa conviver.

um terror.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Não, eu não odeio regras!

Esses dias li o post de uma mãe que falava sobre os muitos "porque não" que cercavam a maternidade e estimulava que houvessem muitos mais "por que não?". Algumas coisas faziam sentido, mas muitas outras, definitivamente, não!

Fazia sentido ser contra as muitas proibições que giram em torno de comodidade nossa, mães, uma indisposição de vê a casa bagunçada, de ter um pouco mais de trabalho (ou muito mais), seja qual for o motivo que leve o não como resposta a a vontade de brincar de se pintar, brincar de várias coisas ao mesmo tempo ou espalhar os brinquedos na hora da brincadeira. Fazer bagunça na hora do banho,  brincar com a comida na hora de comer (mesmo que esteja comendo) ou tantas outras coisas que, em geral, tem como principal motivo a falta de vontade de ter um pouquinho mais de trabalho.

Entre essas coisas também o texto também falava sobre permitir que o(s) filho(s) tomassem suas próprias decisões. Levando em consideração a idade, dizia respeito a escolher a roupa que quer sair, sapatos trocados, trocar de roupa quando se já está na porta de saída... é claro que cada situação é diferente e cada filho também, mas entendo que certos limites precisam ser dados na infância, com coisas menos importantes mesmo, como uma roupa ou a hora certa de trocá-la.

Hoje eles querem decidir isso porque é isso que podem decidir, mas no futuro vão querer tomar outras decisões mais sérias e para as quais eles precisarão de limites.E se forem médicos? E se tiverem que usar branco ou sapatos iguais? e se forem funcionários que precisem usar fardas? E se tiverem, e certamente em maior ou menos escala terão, que se encaixar em alguns padrões que a sociedade exige? E aí? Será que há algo de tão terrível nisso? Será que estar num padrão quer dizer, necessariamente, que foi arrancado toda criatividade? Acho que vivemos em extremos demais. Precisamos de regras, entendo que será menos doloroso conviver com as do futuro se aprendermos a obedecer algumas delas quando pequenos.

Sou mãe de um filho com apenas 1 ano e 10 meses e posso estar completamente equivocada sobre isso tudo, mas me comprometo a, se um dia mudar de opinião, passar por aqui pra escrever.