quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Desaprendendo a ser esperto

Parece que já nasce com a gente, mas não tenho dúvidas que o dia a dia, a televisão, os amigos, às vezes até dentro de casa isso é reforçado: VAMOS GANHAR, ganhar tempo, andando por uma faixa que não é para seu tipo de veículo ou não deixar um pedestre passar na faixa para não ter que parar (mesmo que isso só nos faça perder 30s), ganhar dinheiro, pagando apenas meia entrada no cinema sem ter uma carteira de estudante. Ganhar conforto estacionando na vaga preferencial pra não precisar andar tanto ou procurar por uma vaga de estacionamento livre. Ganhar, ganhar ganhar. É ou não é assim?

São tantas pequenas coisas que vamos incluindo no dia a dia ao longo do tempo, ao longo de muito tempo e que nem parecem ser tão feias. A gente justifica "ah mas eu estava com muita pressa" ou "eles cobram esse valor absurdo, eu tenho mais é que pagar menos mesmo",  "ahhh sem condições ficar rodando minutos atrás uma vaga". Confesso que sempre fiz muitas ou a maioria dessas coisas, mas de uns anos pra cá tenho me ouvindo repetindo essas justificativas, falsas. Repensei e desde então tenho feito um esforço de mudar.

Quem somos quando questionamos o guarda de trânsito que não educa, só multa? Ou um político que quer ganhar em cima do povo? Ou um profissional que enrola no trabalho? Ou alguém que fura um sinal de vermelho porque tem pressa? Não cometemos, por princípio, os mesmos erros? Não somos culpados também pelo mesmo mal de querer sempre ganhar.

É um processo. Desaprender é um processo. Demorado, às vezes difícil porque envolve, muitas vezes, perder. Mas fazer o certo tem valido à pena. Reeducar para só ganhar quando se deve ou merece. E perder algumas vezes porque é preciso, é honesto.

2 comentários:

  1. Essas coisas que nos parecem tão pequena aos olhos fazem a diferença como pessoa. É buscando praticar nas pequenas atitudes que conseguimos ser sal e luz como deseja o Senhor

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  2. Pois é, Ana! Isso seria como cidadãos comuns, já deveríamos agir assim, sendo corretos. Como cristãos, nossa responsabilidade é ainda maior, sendo o isso só o básico, né?

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